quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fantasma.

Não sei se importa mais como sou, ou como deveria ser. Nem eu mesmo consigo enxergar aquilo de bom que eu mantinha guardado, tudo foi corrompido pelas decepções, aquelas palavras vazias e asquerosas. 
Pra que beleza em uma pessoa que não diz nada com flores? 
O que vejo saindo de você são meros bichos que rastejam há escuridão, que passam a doença de uma vida medíocre igual a sua para pessoas que antes viviam em jardins. 
Você me corrompeu, aquele belo cavalheiro com um sorriso esculpido por anjos, não passava de um demônio em sua casca de mentiras. 
Eu fui a vitima desse vil, eu acreditei em suas palavras que continha o aroma de rosas e esqueci que também continham espinhos á sua volta. Eu acreditei naquele que me deu sua mão mas que pela mesma passou uma espada que jorrou sangue de inocentes. Eu era apenas uma garota quando apareceu em minha vida tranquila, acreditava na alegria em que era viver, acreditava no sol de todas as manhãs, acreditava em palavras de compaixão, acreditava na beleza do amor. 
Depois de destruir tudo em que acreditava, depois de mostrar o lado ruim da vida, as dores e as cicatrizes, você partiu. Pra onde eu não sei, e nem quero saber. Tudo que sobrou em mim foram marcas de lutas ferozes entre mim e mim mesma. Tudo o que sou, todo o resto que sobrou, é apenas pó. Não sou mais aquela garota, não sorrio mais como antigamente. Quando estou sozinha só me passam lembranças de seu sorriso e logo depois vem a espada em suas mãos, quando vejo estou em volta por lágrimas. 
Você foi embora e não deixou nada além de dor, nada além de medo. 
Me encontro agora na cama em posição fetal, chorando por uma nova vida, olho as cicatrizes deixadas em mim, não as exteriores e sim aquelas que sangram até hoje. Não, eu não superei a dor, não sei até onde isso vai para. 
Não sei como serei daqui pra frente. 
Estou tentando acreditar em pessoas, mas quando tento você me aprece com aquele sorriso novamente, e a unica coisa que penso em fazer é correr e me esconder embaixo dos cobertores, chorar e chorar até que fique cansada e durma de novo. 
Mas também, não ajuda, você aparece em meus sonhos, todos os dias, sete vezes na semana, quatro semanas por mês, doze meses por ano. 
Eu não sei quanto mais eu posso suportar, eu estou tentando ao máximo, mas como pode tanta dor, tanto amor pelo que senti por você, se transformar em medo e solidão? 
Você me destruiu e hoje nem sei mais quem sou. 

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