domingo, 17 de abril de 2011

Amar um Deus.




Pensa que será apedrejado por se apaixonar por uma mera Humana.
Me perdoe, mais não queria acabar com seu viver, seu poder me amedronta, mais você nunca há de me ferir, sinto que serei protegida.
Hoje evita me olhar nos olhos, eu evito interferir em seu caminho.
Continuo minha passagem no mundo inferior ao seu, sem chamar atenção, sem perturbar seu domínio. 
Ontem lhe vi sentado a beira vendo o sol ir-se, meu coração palpitou fortemente, minha face pegava fogo e podia sentir o rubor espalhar-se por ela. 
Estava apaixonada, por um Deus.
Esse amor me feria, a cada passo seu e indiferença ao passar por mim, queria poder virar-me e olhar em seus olhos que então me penetravam, não sabia se somente eu me sentia assim.
Minha sede por você não acalentava mais, perdia o controle e não sabia se sobreviveria sem sua divindade ao meu lado.
Cheguei ao ponto de parar e ceder.
Nosso mundo nos separava, pensei que assim não lhe atrapalharia e que estaria fora de olhares.
Mas, ouve um estrondo e senti uma dor em meu peito, lá estava uma pequena adaga de prata, ou sentir o quão frio era, pensei se isso havia sido certo, lágrimas que desciam por meu rosto diziam " não ".
Ao me ajoelhar, percebi braços a aparecer, eles me abraçaram, e me confortaram.
Era você.
Mesmo sendo um Deus, você veio para meu encontro, havia lágrimas em seus olhos, Deus raramente choravam. Você amaldiçoava, a alma de quem me fizera isso, eu lhe afaguei seu rosto. Ah. Seu rosto. Era a primeira vez que o tocava.
Ele era quente e cálido, você me olhou com ternura e disse que gostaria de ter me protegido, que foi tolo ao não me proteger mantendo-me ao seu lado.
Eu lhe sorri.

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