segunda-feira, 11 de julho de 2011

Abalada.

Não quero mais! Pare! Sai agora!
Nunca pensei que isso iria me fazer tão mal, sempre me ajudou, sempre me protegeu agora que vejo isso só me afundou mais e mais. Sinto-me novamente no fundo do poço, aquele escuro onde estava, passei anos nele e pensando em criar essa barreira, mudar o que era, ou melhor, esconder quem sou.
Isso poderia me ajudar – foi o que pensei.
Mais isso só me arruinou mais e mais. Por fora eu estava bem, sorria me demonstrava bem, ou pior eu realmente acreditava que estava bem. Mais agora que parei para pensar, eu nunca realmente estive bem. Eu nunca realmente me senti feliz, eu nunca realmente sorri.

Eu nunca fui eu.



















Pensei que seria bom eu esquecer as coisas ruins e tentar, ou melhor, criar as coisas boas.
Esqueça isso, logo vai passar. Não pense nisso.
Era essa barreira que criava, e quanto mais ela se fortalecia, mais ela me trancava, sinto que estou no meio de uma esfera, ela é tão dura, não consigo quebrá-la e agora eu não consigo mais destruir aquilo que construi.
Me sinto só!
Estou com medo, mais não demonstro, por que tenho medo que esse medo aumente mais ainda. Tenho medo das pessoas me abandonarem aos poucos. Acho que agora estou abalada, minha máscara está se despedaçando e a barreira está enfraquecendo.
Estou com medo!
Não quero estar só. Não me abandonem. Não se livrem de mim. Por favor, eu imploro, não quero voltar para aquele poço frio onde estava, não quero continuar no silêncio e na escuridão, não quero estar sozinha novamente.

Por favor, não me abandone! Estou com muito medo...


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